FIJ anuncia mudanças na regra de competição para o Ciclo Olímpico Paris 2024

Atualizações geraram reclamações. Veja quais foram as principais mudanças.


A Federação Internacional de Judô publicou no penúltimo dia de 2021 um conjunto de alterações na regra de arbitragem do judô para as competições do ciclo Paris 2024. As novas orientações foram resumidas em um vídeo com o tutorial de aplicação de cada mudança apresentado por Neil Adams, Supervisor de Arbitragem da FIJ.  

“Nós recebemos propostas e recomendações das federações nacionais para emendas e mudanças de regras. A Federação Internacional de Judô está trabalhando duro para modernizar nosso amado esporte com ajuda dos parceiros. Essas novas regras valem do início de 2022 e vão durar até 2024”, disse Vladimir Barta, diretor esportivo da FIJ.

As novas regras já serão aplicadas no Grand Prix de Odivelas, em Portugal, nos dias 28, 29 e 30 de janeiro. A campeã olímpica Rafaela Silva, uma das convocadas para a competição, reclamou do banimento do chamado seoi invertido, ou seoi coreano, uma variação de um golpe tradicional, o seoi nage, e post da CBJ que perguntava o que as pessoas tinham achado das mudanças.

“Péssima! Estão acabando com o judô. Seoi coreano não pode e pé na barriga, um golpe ridículo, tá liberado”, postou a Rafaela no twitter. Apesar da preocupação com as novas regras, Rafaela comemorou começar o ano competindo.

“Sem dúvida é muito bacana começar o ano com essa convocação. É o início de mais um ciclo olímpico e estou me preparando para conquistar bons resultados”, disse a judoca que também disputará o Grand Slam de Paris, nos dias 05 e 06 de fevereiro.

Principais mudanças
Além de não valer mais como pontuação, o seoi invertido será penalizado com um shidô. Outra mudança, ainda no campo das penalizações, está no ato de arrumar o judogi ou o cabelo. Pode fazer isso uma vez, a partir da segunda é shidô.

O movimento de mergulho de cabeça em um ataque, apoiando o corpo apenas com a cabeça no chão para fazer a projeção, também está banido. Nesse caso, a punição é mais severa: eliminação do judoca.

Além disso, um atleta projetado para trás que apoiar no chão para brecar a queda usando as duas mãos, os dois cotovelos ou uma mão e um cotovelo terá um waza-ari marcado para o oponente, além de receber um shidô.

Há, ainda, mudanças na pontuação de waza-ari, em movimentações de técnica de solo e nas pegadas.

“O princípio das regras e proteger os atletas e o esporte como um todo, deixar o judô mais dinâmico, atrativo para o público e a mídia”, completou Bartra.

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