Rômulo Crispim e Alexandre Fernandes colocam o Time Judô Rio no pódio das Surdolimpíadas
Judocas do Instituto Reação ganham o bronze e são responsáveis por duas das três medalhas até o momento conquistadas pelo Brasil no maior evento multi-esportivo mundial para surdos
* por Diano Massarani
Desde o dia 1 de maio até o próximo dia 15, a cidade de Caxias do Sul está recebendo a 24ª edição das Surdolimpíadas, o maior evento multi-esportivo mundial para surdos, com 20 modalidades promovidas. As disputas pelo Judô foram encerradas nesta quinta-feira, 5 de maio, e apresentaram dois representantes do Time Judô Rio entre os seus destaques: os medalhistas de bronze Rômulo Crispim (66Kg) e Alexandre Fernandes (90Kg).
Acostumado a grandes vitórias, afinal já havia ganho duas medalhas surdolímpicas de bronze – em 2009 (a primeira da história brasileira no evento) e 2017 –, Alexandre era a felicidade em pessoa após ganhar sua terceira láurea: “Primeiro eu agradeci a Deus, pois tudo o que eu queria era ganhar uma medalha nas Surdolimpíadas realizadas em meu país. Depois, olhei para minha torcida e fiz um coração para eles. Eu queria abraçar todos e vibrei muito pela conquista”. Alegria igualmente contagiante viveu Rômulo com o sucesso em sua estreia no evento: “Que bronze de ouro é esse? A medalha representa um marco na minha vida esportiva e por isso a emoção foi muito grande. Foram muitas provações, muitas lutas, muita disciplina, muita entrega, muita renúncia… Competir com esportistas renomados me fez me sentir ainda mais privilegiado”.
Atleta do Instituto Reação desde 2015, Alexandre destacou a importância da estrutura oferecida pelo clube e pela Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro em seus triunfos: “Eu tenho muita gratidão ao meu clube e à FJERJ. Recebo treinamentos específicos de nível olímpico com diferentes técnicos que sempre me dão suporte, preparação física, nutricionista e fisioterapia. Essas condições que a FJERJ e o Instituto Reação me oferecem são poderosas para o meu desenvolvimento como atleta”. Embora Rômulo Crispim, natural de Rondônia, tenha chegado ao Instituto Reação apenas no início deste ano, ele não tem dúvidas de que o tempo foi suficiente para fazê-lo crescer: “A estrutura do judô carioca foi essencial para a conquista da medalha de bronze. Tenho sido assistido por profissionais altamente capacitados, que me permitem evoluir a cada treino. Só preciso me dedicar cada dia mais, porque estrutura e qualidade de treinos eu já tenho”.
Responsáveis por duas das três medalhas brasileiras até o momento nas Surdolimpíadas, Alexandre Fernandes e Rômulo Crispim já têm novo evento para anotar na agenda. Nos dias 25 e 26 de junho, o Rio de Janeiro sediará o Campeonato Brasileiro para Surdos.