Com mais de 200 candidatos divididos em três polos, FJERJ realiza Exame Admissional de 2022

Judocas testaram seus conhecimentos na Arena Carioca 3, em Niterói e em Macaé, na busca da aprovação para seguir no processo de Outorga de Faixas

Por Idries Stein*


Neste sábado, 5 de março, foi dada a largada para o processo de qualificação para a outorga de Faixas de 2022, organizado pela FJERJ. O Time Judô Rio separou os mais de 200 candidatos em três polos no Estado do Rio de Janeiro, sendo o principal na Arena Carioca 3, no Parque Olímpico na Barra, e outros dois em Niterói e em Macaé, na Região dos Lagos.

Até a véspera do Exame, foram contabilizados 211 candidatos à promoção de faixa, sendo 158 deles almejando a passagem da faixa marrom para a preta de primeiro Dan, assim como outros 34 para 2⁰ Dan, 11 para 3⁰ Dan, 6 para 4⁰ Dan e, finalmente, 2 postulantes ao 5⁰ Dan. Esse número ainda pode sofrer alterações por conta de inscrições feitas no dia e ainda não contabilizadas no sistema até o fechamento dessa matéria.

O exame admissional, mecanismo criado pela própria FJERJ, serve para acompanhar mais de perto o desenvolvimento dos judocas e, desde o início do processo de Outorga de Faixa, já poder nivelar da melhor forma os diversos candidatos espalhados pelo estado do Rio de Janeiro.

“Há um tempo atrás chegavam pessoas nesse momento, iniciavam o processo, mas não sabiam cair, não sabiam jogar devidamente, o que se torna uma ameaça tanto para ele como para os companheiros. Então, nós iniciamos esse exame admissional, para a melhor segurança e que a pessoa tenha minimamente o conhecimento sobre o nome e grupamento das técnicas necessárias desse processo”, disse Marco Aurélio Gama, Coordenador da Comissão de Graus da FJERJ.

Passando para a parte prática, esta foi a primeira oportunidade do ano, de volta ao formato presencial, dos candidatos executarem e serem avaliados dentro de diversos tipos treinamento e movimentos básicos de movimentação, queda e elementos de combate em duplas.

E como nenhum processo é feito sozinho, coube ao presidente da FJERJ, Jucinei Costa, ressaltar a importância de cada professor e sensei, que tem papel fundamental durante a jornada de módulos e exames até a passagem de faixa.

“Todos têm a responsabilidade de representar o seu sensei, o seu professor, e deixá-lo orgulhoso no final do ano, na hora que for amarrar a sua faixa. Então, desde agora vocês devem estar conscientes de tudo que fizeram e do que eles ensinaram durante todo o processo dentro da academia com o seu sensei, professor.”

Pelo lado justamente de quem ensina, o professor Rodrigo Mulatinho, de 45 anos, da Equipe Rio de Judô, esteve presente com quatro alunos e avaliou também o processo e as necessidades do judô atualmente.

“Eu tenho 4 alunos, dois faixas marrons e dois faixas pretas, alunos dedicados, três dos quatro já professores. Com a academia funcionando normalmente, a estrutura e Federação funcionando muito bem, na minha visão a procura vai ser ainda maior e a gente tem que saber se vender melhor, para poder trazer o pessoal que não conhece a modalidade passar a conhecer, levar, se sentir seguro e em algo prazeroso. Até porque, para chegar na faixa preta, o caminho é longo e a motivação vai caindo com o tempo.”

O evento ocorreu da melhor forma e todos puderam demonstrar a sua capacidade em representar a sua escola e projeto dando o seu máximo. Passada a adrenalina dos momentos que antecedem o exame, um dos candidatos ao primeiro Dan da faixa preta, Éder Santos, de 39 anos, comentou um pouco sobre o exame de admissão.

“Cheguei nervoso e estou saindo calmo. Professor me deixou bem tranquilo, consegui realizar todo o processo direitinho, sem pendências. Agora, para o resto do ano volto a ficar nervoso, a cada módulo com um aprendizado diferente.”

E o professor Marco Aurélio explicou quais serão os próximos passos do processo. “Esse exame admissional é a porta de entrada para o processo. Tendo sido aprovado, ele, então, vai se submeter a mais cinco módulos, precisando de uma nota sete até o exame final, que será feito em novembro”.

“Ninguém sabe tudo de judô, mas nós temos professores que são profundos conhecedores do judô, onde tudo isso vai permitir que a gente faça um somatório de conhecimento muito interessante para quem está se submetendo ao exame”, completou Gama.

*Freelancer com a supervisão de Valter França.

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