Judô Rio lamenta morte de Raimundo Faustino Sobrinho, 9º Dan e lenda do esporte
Sensei tinha a honra de ser Kyudan e deixa legado de 76 anos nos tatames
A Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro lamenta a morte do professor Raimundo Faustino Sobrinho, aos 85 anos de idade, nessa sexta-feira, dia 28 de janeiro. O sensei deixa um grande legado para o judô nacional ao longo de sua experiência de 76 anos nos tatames, com a honra de ter sido Kyudan – graduado ao 9º Dan em 2000, pela Confederação Brasileira de Judô.
Nascido em 22 de junho de 1936, Raimundo começou sua trajetória nos tatames bem cedo, aos 10 anos de idade, em 1946. Era graduado em Educação Física pela Escola de Educação Física da Marinha e era especializado em Técnico Desportivo pela Escola de Educação Física de Volta Redonda. Além disso, já foi presidente da FJERJ, além de professor e um dos maiores responsáveis pela criação da Associação LIJU/CR.
Professor dos grandes mestres William Muniz e César Romeu na antiga academia Riva, em Nova Iguaçu, fundada por ele, o sensei acreditava que o essencial no judô era treinar, além de crer que o esporte deveria ter foco no âmbito educacional e não marcial. Seu enterro será amanhã, às 13h no cemitério Jardim da Saudade – estrada Visconde de Sinimbú, 1.600, em Paciência, no Rio de Janeiro.
“Treinei com ele da faixa branca até a vermelha. Tive outras referências, mas ele sempre esteve por perto. Como professor, ele cobrava perfeição, mas sabia ser pai na hora certa. O Raimundo era amigo de toda a minha família. Sua dedicação ao judô nacional era incansável”, comentou William Muniz.