Brenda Freitas e Wilians Araújo começam com tudo o ciclo para os Jogos Paralímpicos 2024

Destaques do Time Judô Rio, os atletas venceram as duas etapas do Grand Prix da IBSA realizadas nesta temporada e estão na liderança do ranking mundial

* por Diano Massarani

Brenda Freitas e Wilians Araújo começaram imbatíveis o ciclo para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 e venceram as duas etapas do Grand Prix da IBSA (Federação Internacional dos Desportos para Cegos) realizadas nesta temporada, em Antália (Turquia) e Nur-Sultã (Cazaquistão). Com esses triunfos, Brenda, na categoria até 70Kg classe J1, e Wilians, na categoria acima de 90Kg classe J1, alcançaram a liderança do ranking mundial paralímpico com 420 pontos (210 por cada vitória), 120 à frente dos respectivos segundos colocados.

Com um histórico de medalhas internacionais que inclui prata paralímpica (2016), prata parapan-americana (2011 e 2015) e bronze mundial (2014), Wilians demonstra felicidade com a liderança do ranking mundial e garante que vai se dedicar para seguir firme e forte: “Esse início de ciclo tem sido muito produtivo, muito positivo. Acredito que as medalhas são construídas nos treinamentos, e isso é a concretização de um trabalho em equipe no Instituto Benjamin Constant com o sensei Antonio. Espero que continue assim, um ciclo maravilhoso e que as lesões fiquem distantes, como foi o que realizei para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Pretendo continuar dando o meu melhor em todas as competições para isso”.

Diferente de Wilians, Brenda está começando agora sua jornada mundo afora no judô. E há de se convir que tem sido um começo bastante promissor: “O início de ciclo está sendo bem gratificante para mim. São meus primeiros campeonatos internacionais e estou conseguindo bons resultados. Isso é fruto de um trabalho de muito empenho e dedicação junto ao sensei Antonio, que é um professor que sempre nos faz acreditar que podemos ir além”. Sobre a expectativa para a sequência da jornada, a judoca é prudente, mas sabe do seu potencial: “A tendência é que os campeonatos fiquem cada vez mais fortes, os desafios cada vez maiores. Tenho que chegar sempre 100% em todas as competições para tentar medalhar, estar entre as primeiras, pensando no primeiro lugar”.

Vale lembrar que o ranking mundial paralímpico da temporada de 2022 marca o início de uma nova regulamentação referente às classes oftalmológicas e às categorias de peso. Com relação à classificação oftalmológica, o Judô Paralímpico tornou-se dividido em duas classes (J1 e J2), e não mais em três (B1, B2 e B3), sendo que os confrontos agora ocorrem apenas dentro de cada classe. A classe J1 contém os atletas que eram da antiga B1 (totalmente cegos), enquanto a classe J2 engloba os atletas que competiam como B2 (capazes de perceber vultos) e B3 (capazes de definir imagens). Já a respeito das categorias de peso, as 13 categorias antigas – 7 para homens e 6 para mulheres – foram substituídas por 8 novas categorias: 4 masculinas (até 60 kg, até 73 kg, até 90 kg e acima de 90 kg) e 4 femininas (até 48 kg, até 57 kg, até 70 kg e acima de 70 kg).

A próxima competição que vale pontos para o ranking mundial é a terceira e última etapa do Grand Prix Paralímpico, que será realizada nos dias 2 e 3 de julho na cidade de São Paulo. Além de Wilians Araújo e Brenda Freitas, atletas da Academia Projeção e do Instituto Benjamin Constant (CEIBC), outros 4 atletas do Time Judô Rio têm presença confirmada para o GP na capital paulista: Roberto Paixão (60kg/J1) e Karoline Duarte (70kg/J1), do Judô Clube Lara e da Urece, e Gabriel Nascimento Da Silva (73kg/J2) e Sergio Fernandes Junior (+90 Kg/J2), da Academia Projeção e do CEIBC.

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