Time Judô Rio vai bem no Open Funcional de Veteranos e agora é foco no Estadual nos dias 27 e 28 de março

Filiados da FJERJ conseguiram 10 medalhas, sendo duas de ouro, cinco de prata e três de bronze e analisam pontos positivos de participar de uma competição Funcional



No último final de semana, o judô brasileiro foi movimentado pelo Open Funcional de Veteranos. E o Time Judô Rio, com 12 atletas inscritos, foi muito bem, acabando na quarta colocação no quadro de medalhas. Foram dois ouros com Aline Braga e Cleyton Leandro; cinco pratas com Daniel Garcez, Maria Gama, Mariza Mara, Raphael França e Simone Vieira; e três bronzes com Daniel Serrão, Alexandre Gama e Ranniery Costa. Kelly Farrapo e Claudinei Esteves também participaram, mas acabaram caindo na primeira fase.

O bom desempenho dá ânimo para a realização do I Estadual de Funcional, que será realizado nos dias 27 e 28 de março. Daniel Garcez, que já trabalhou na organização de uma competição amistosa e seletiva da FJERJ no ano passado, teve a primeira participação como atleta e André Padrenosso, que atuou como técnico no Open de Veteranos, compartilharam suas experiências e analisaram os pontos positivos para quem vai estar no Estadual.

“Eu participei de quase todos os funcionais, desde o primeiro lá atrás, do Open, fui campeão estadual. No Brasileiro, fui como técnico e atleta. E agora fui técnico no Open de novo. Quando eu comecei a participar dos Funcionais, a ideia era ter alguma coisa para fazer. Estávamos no meio da pandemia, onde não podia sair, não podia abrir academia, não podia treinar, não podia ter contato físico. E a vida do judoca é essa, tem que ter contato”, disse Padrenosso.

“Só tenho a enaltecer o tipo de evento, que só traz benefício. Ainda tem pessoas que são contrárias, mas quem participa, acaba gostando. Achei bem interessante em relação a adrenalina. Ela é tão intensa quanto uma participação presencial porque a gente faz os movimentos sem saber do rendimento do seu adversário, não sabe se bem tá bem, se tá rápido ou não, não tem referência. A gente faz o movimento, mas não tem parâmetro. Cada rodada é um exercício diferente, então, uma fase não serve como parâmetro pra outra porque são exercícios diferentes. Isso é muito positivo pra quem gosta da competição e está no alto rendimento”, analisou Garcez.

Outro ponto positivo, não apenas para o Estadual Funcional, mas para as competições presenciais é o foco nos treinos. “Eu vejo esse Funcional linkando diretamente com a parte do desenvolvimento técnico do judô porque precisamos fazer o movimento perfeito, com velocidade, com explosão, para não ter desconto. Isso vai ser percebido no próprio campeonato ou nos treinos presenciais, quando a gente faz o movimento em sombra”, afirmou Daniel.

Um terceiro ponto apontado por Garcez e por Padrenosso é a manutenção da forma física. “Outro ponto importante é a manutenção do condicionamento. É uma melhor de três rounds de um minuto, podendo ter o golden score e, diferente de uma luta presencial, é esforço direto sem parar. Não tem como diminuir o ritmo e isso é um ponto muito importante. Precisamos estar com o treino físico em dia para que suporte melhor os rounds, o confronto”.

“Quando surgiu essa ideia do Funcional, eu vi uma oportunidade de me manter ativo aos 51 anos. Se eu penso isso, imagina os atletas do Sub 21 ou Sub 18? Você está fazendo com o que o atleta se mantenha ativo. Não em condições reais de luta, mas com condicionamento físico bem melhor do que se estivesse totalmente parado”, contou André.

Por fim, mas não menos importante, especialmente em tempos de pandemia do coronavírus e distanciamento social: a união entre os envolvidos.

“A equipe do Rio usou esse segundo Open Funcional de Veteranos como uma preparação para o Estadual. Como não vai ter técnico no Estadual, eu vou entrar como atleta de novo e quero ser bicampeão. A galera está bem empenhada, com os treinos virtuais. As vezes tem os presenciais, seguindo todos os protocolos de segurança, com distanciamento. Continuamos com um treinamento bastante forte”, afirmou Padrenosso.

“Eu tenho dois alunos que me ajudam nas aulas no dia a dia e eles me acompanharam nos quatro dias que eu participei da competição, incansavelmente, me dizendo como estava meu ritmo, marcando o tempo. Eu tive com eles a melhor experiência possível porque conseguiram vivenciar minha adrenalina, ver que eu, como técnico, também fico nervoso”.

“Junto com os técnicos e com os atletas, a gente criou uma atmosfera muito boa, um grupo muito bom, um incentivando o outro. Isso fez com que aqueles que não se conheciam, que não eram próximos, criassem um laço de amizade, um vínculo muito grande. As vezes, acordava e já tinha mensagem no grupo 6h da manhã chamando pro treino. No Funcional é importante ter um grupo onde um dá força para outro”, finalizou Garcez.

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