“Golpe” de Sérgio Ramos em Salah é proibido no judô, analisa presidente da FJERJ

Em entrevista ao jornalista Gilmar Ferreira do Jornal Extra, explicou que movimento na final da Champions League renderia eliminação ao zagueiro espanhol

Uma imagem marcou a final da Champions League, a principal competição de clubes do futebol mundial, disputada no último sábado, 26 de maio, em Kiev, na Ucrânia. Ainda no primeiro tempo, o zagueiro Sérgio Ramos, do Real Madrid, em uma disputa de bola acabou derrubando o atacante Mohamed Salah, do Liverpool. O egípcio caiu sobre o ombro e, lesionado, teve que ser substituído. A contusão colocou em risco, inclusive, a participação de Salah na Copa do Mundo da Rússia.

Se fosse numa luta de judô, o “golpe” não seria válido e Sérgio Ramos receberia o hansoku-make, ou seja, seria eliminado da luta por colocar a integridade física do adversário em risco. Essa é a opinião do presidente da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro, Jucinei Costa, que concedeu entrevista para o jornalista Gilmar Ferreira, da coluna Futebol, coisa & tal do jornal Extra.

“A posição é de chave de braço (kansetsu-waza), é um considerado um waki gatami, manobra proibida no judô quando aplicada em pé, pois o peso do corpo de quem está aplicando mais a pressão da gravidade vinda do alto, se torna muito contundente, colocando em risco a integridade física do adversário”, explica Jucinei Costa.

O dirigente assistiu ao lance que originou a substituição da principal referência de ataque do time inglês e analisou fotografias da disputa de bola ocorrida aos 25 minutos do primeiro tempo, numa tentativa de retomada de bola no campo de defesa do Real Madrid. O ex-judoca do 6º Dan, que é proprietário e professor da Academia Projeção, em Copacabana, lembra que o “waki gatami” é uma infração grave, que pelas regras do judô deve ser punida com a desclassificação do judoca.

“O atleta que aplica a chave de braço em pé é punido com o “hansoku-make”, que é a desclassificação do faltoso”, disse.

O árbitro sérvio Milorad Mazic sequer marcou falta, tampouco mostrou cartão amarelo para o espanhol Sérgio Ramos. Mohamed Salah, de 25 anos, que é apontado como uma das grandes atrações para este Mundial da Rússia, deixou o campo aos 29m, quatro minutos após ocorrido, e facilitou o caminho para a vitória de 3 a 1 que valeu a 13ª Champions League do Real Madrid. O pais está no Grupo A, ao lado de Rússia, Arábia Saudita e Uruguai, adversário de estreia, no dia 15.

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