Pedro Medeiros e Gabriel Falcão eleitos entre os destaques da Copa Brasil Interclubes de Judô

Time Judô Rio foi representado na competição pela Umbra-Vasco e pelo Instituto Reação, que ficou na quarta colocação

O Time Judô Rio foi destaque em mais uma competição nacional. O Instituto Reação chegou à disputa do bronze, mas acabou derrotado pela Sogipa na luta de desempate e acabou na quarta colocação. Gabriel Falcão (73kg), do Reação, foi eleito o atleta que deu o “ippon de ouro”. A FJERJ foi representada ainda pela Umbra-Vasco, que teve Pedro Medeiros (73kg) eleito como revelação da competição.

“Em todo tempo Deus é bom! Você merece! Ainda vão te ver brilhar muito nesse mundão. Andrezão tá orgulhoso”, publicou o treinador André Amorelli.

Gabriel Falcão foi eleito ippon de ouro
https://twitter.com/JudoCBJ/status/1462144989119528963

Atleta Revelação: Pedro Medeiros (73kg) – Umbra-Vasco
https://twitter.com/JudoCBJ/status/1462144601263902724

Veja abaixo como foi a participação do Time Judô Rio na competição.

Primeira fase
Minas Tênis Clube 4 x 2 Umbra/Vasco  
Na primeira luta, Agatha Silva abriu um a zero para a Umbra com vitória por ippon sobre Ana Damasceno. O Minas empatou com Juscelino Júnior, que bateu Yuri Santos por ippon. Layana Colman virou para o Minas, batendo Beatriz Comanche por waza-ari.  

No quarto combate, Pedro Medeiros projetou Gustavo Borsoi duas vezes para vencer a luta por ippon e empatar a disputa em dois a dois. Na sequência, Gabriella Mantena e Luana Carvalho travaram um combate apertado decidido nas punições com a atleta da Umbra levando a pior. Por fim, Eduardo Bettoni projetou Jesse Barbosa e garantiu o 4 a 2 no placar para o Minas.

Instituto Reação 4 x 0 SESI 
Gabrielle Ferreira (+70kg) e João Cesarino (+90kg) venceram Giovanna Galkowski e Bernardo Rosa, respectivamente, para abrir 2 a 0 para o Reação. No terceiro confronto, Jéssica Pereira (57kg) projetou Catarina Costa por ippon e Gabriel Falcão marcou o quarto ponto em vitória por fusen gachi para garantir o Reação na semifinal. 

Instituto Reação 4 x 3 Pinheiros  
A final da chave do grupo começou quente, com vitória de João Cesarino (Reação) por waza-ari sobre Rafael Silva (Pinheiros). Jéssica Pereira (Reação) imobilizou Vitória Andrade (Pinheiros) para ampliar a vantagem do Reação para dois a zero.  

Mas, Rafael Freitas (Pinheiros) diminuiu para o Pinheiros com vitória sobre Gabriel Falcão e Ellen Santana (Pinheiros) empatou o confronto vencendo Danielle Karla Oliveira (Reação) com um waza-ari no golden score. 

No quinto combate, Giovanni Ferreira (Pinheiros) e Gustavo Assis (Reação) protagonizaram uma batalha de mais de cinco minutos de golden score. Na tática, Assis conseguiu impor maior volume de ataques e venceu o combate nas punições.  

Beatriz Souza (Pinheiros) entrou para o “tudo ou nada” e conseguiu empatar o duelo, vencendo Renata Januário (Reação) por ippon, recolocando o Pinheiros na disputa. 

A luta desempate foi, então, sorteada e coube às 57kg, Jéssica Pereira e Vitória Andrade, decidir o combate. Mais experiente, Jéssica conseguiu imobilizar e fez Vitória bater para desistir do combate, garantindo a vitória do Reação por 4 a 3. 

Semifinal: Minas Tênis Clube 4 x 3 Instituto Reação  
Na primeira luta, Layana Colman (57kg/Minas) venceu Jéssica Pereira (57kg/Sogipa) por waza-ari, mas Gabriel Falcão (73kg/Reação) empatou com ippon sobre Gustavo Borsoi (73kg/Minas). Millena Silva (70kg/Minas) perdia por um waza-ari para Danielle Karla (70kg/Reação) e, a 9 segundos do fim, achou um ippon para botar o Minas à frente no placar.  

O Reação buscou mais uma vitória com Gustavo Assis (90kg/Reação) vencendo Eduardo Bettoni (90kg/Minas) com um waza-ari no Golden score e ampliou com Gabrielle Ferreira (+70kg/Reação), que bateu Gabriella Mantena (+70kg/Minas) por ippon. 

Na última luta, Juscelino Júnior (+90kg) venceu João Cesarino (+90kg/Reação) por ippon e manteve o Minas vivo na disputa. Os dois voltaram para a luta de desempate e, novamente, o atleta do Minas levou a melhor para garantir o clube em mais uma final de Copa Brasil. 

A disputa de bronze
Em 2020, os dois clubes haviam ficado fora do pódio, que teve Pinheiros, Minas e Paineiras. Para este ano, as equipes se concentraram na busca pela medalha e chegaram às finais com o melhor desempenho na fase de grupos.

A disputa pelo bronze começou com um duelo de gerações. O novato Gabriel Falcão teve a responsabilidade de abrir o confronto enfrentando o medalhista olímpico Daniel Cargnin. Na tática, Cargnin impôs maior volume de ataques e venceu a luta nas punições. 

O Reação empatou com imobilização de Danielle Karla Oliveira sobre Aine Schimidt, no 70kg. Gustavo Assis bateu Matheus Assis, no 90kg, para virar o placar a favor do Reação. 

A Sogipa empatou com Talita Libório (+70kg), que perdia por um waza-ari e conseguiu buscar o ippon sobre Renata Januário.  Nos pesados, o Reação voltou a liderar graças à vitória de João Cesarino sobre Leonardo Lopes. 

A Sogipa foi, então, para a última luta com Jéssica Lima tentando manter o time gaúcho vivo no combate. Ela não decepcionou e venceu Jéssica Pereira por ippon para deixar tudo igual. As duas mal respiraram e já tiveram sua categoria sorteada para a luta de desempate. 

Pereira voltou mais agressiva e buscou a luta de solo, seu ponto forte, para vencer Lima. Foi aí que o lance mais discutido da competição aconteceu. Jéssica Pereira tentava encaixar o sankaku, uma técnica de imobilização com as pernas, enquanto Jéssica Lima tentava defender-se. O árbitro deu o comando de matê para paralisar a luta e Pereira indicou que sua adversária teria batido, o que seria ippon. A arbitragem entendeu o contrário e deu seguimento à luta. Jéssica Lima, então, conseguiu projetar Pereira e marcar um waza-ari que garantiu a vitória e a medalha da Sogipa na competição. 

Ao final, Jéssica Lima enalteceu sua adversária e explicou o que aconteceu naquele momento decisivo da luta final.  “Eu e a Jéssica viemos da categoria de baixo (52kg), então já tinha enfrentado ela outras vezes. Mas, nunca tinha saído com a vitória. Desde então, as duas subiram de categoria e eu vinha numa evolução, sabia que ia ser uma luta muito dura. Mas, estava confiante no meu judô, tenho consciência de tudo que eu estava fazendo. Ela apertou, e foi tudo muito simultâneo, o árbitro deu matê e eu realmente bati ali. Mas, foi muito simultâneo. A Jéssica é uma atleta muito dura eu sei que vou enfrentá-la o ciclo olímpico inteiro e sei que teremos mais muitas lutas boas pela frente”, disse a atleta da Sogipa ao deixar o tatame.

Deixe um comentário