Judô online? Sim! Rio ganha quatro ouros no Open Funcional de Veteranos

Competição foi realizada nas últimas duas semanas de maneira totalmente remota por organização da Associação de Veteranos do Brasil e com arbitragem da CBJ. Judô Rio foi, ao lado de Minas Gerais, quem mais faturou medalhas de ouro

Por questões de prudência e segurança, competições de judô e quase todos os outros esportes estão interrompidas. O que não quer dizer que não seja possível realizar uma competição de judô. Como? Simples! Online, claro. Foi assim que a Associação de Veteranos do Brasil realizou, nas últimas semanas, o Open Funcional de Veteranos. E o Judô Rio ficou com o vice-campeonato geral.

No quadro geral de medalhas, os veteranos do Rio de Janeiro anotaram sete pódios: quatro outros, uma prata e dois bronzes. Nenhum outro estado ficou com mais medalhas douradas que o Rio. Os ouros foram da dupla Marilia Alves (Equipe Ruffoni)/Priscila Santos (Judô Pinheiro) e de Simone Vieira (Associação Fuji Yama de Judô), Adriana Rocha (Associação Judô Zoshikan Helio de Oliveira) e Maria Gama (Academia RBN); a prata foi de Mariza Santos (Associação Liju de Judô); enquanto os bronzes ficaram a cargo de Francisco Maciel Filho (Flamengo) e Robson Bandeira (Judô Clube Ren-Sei-Kan).

A competição foi realizada pelos computadores. Sim! Cada atleta estava em frente ao seu computador, fosse em casa ou (sozinho) numa academia, e realizava um circuito funcional bem analisado pela equipe de arbitragem – que, também online, acompanhava tudo e definia os vencedores de cada confronto.

Com chaves sorteadas, assim como nas maiores competições de judô, a competição ia destrinchando chaves até chegar na final e no campeão. Os atletas receberam a série de cada confronto no dia anterior à disputa da fase e tinham que realizar entre 3 a 4 minutos, dependendo da idade, divididos por rounds. Ganhava quem fizesse mais movimentos com qualidade.

É bom frisar que a competição foi disputada ao longo de vários dias, com não mais que um confronto por dia.

“Um grande sucesso! Tivemos cerca de 220 atletas, 23 estados, participando. Foi uma oportunidade que tivemos de tirar o pessoal da ociosidade, e deu muito certo. Todos se movimentaram e treinaram para participar, mostraram empenho para vencer. Foi ótimo voltar a contar com a competição entre estados, vontade de ganhar, a adrenalina. Tivemos ótimos depoimentos, emocionantes, e trouxemos pessoas importantes para dar uma entrevista: caso do sensei Edson Minakawa, Gustavo Valle e Arturo Velasco, coordenadores de veteranos da Argentina e do Chile, presidentes de federação que participaram como atletas, sensei Silvio Acácio, presidente da CBJ, participou da abertura da final”, apontou Cristian Cezário, coordenador nacional de veteranos da CBJ.

“Ainda tivemos vídeo de incentivo do Flávio Canto, do Carlão Barreto, sensei Oswaldo Simões, sensei Marquinho Leite. Ficamos muito gratos por tudo isso. Agradeço demais o incentivo do sensei Jucinei, a criação da coordenadoria com o Jorge Biasio à frente e o Daniel Garcez como técnico. Ficamos muito felizes”, seguiu.

“O evento, que contou com representantes de quase todos os estados brasileiros, foi realizado com o apoio da CBJ, que liberou os árbitros. Agradeço principalmente ao professor Jucinei Costa pelo apoio que vem nos dando durante todo esse processo. O Rio de Janeiro teve um papel fundamental no meio dessa competição. Parabenizo todos os nossos atletas que participaram: o Rio de Janeiro não foge a luta, estamos preparados para todos esses eventos”, complementou Jorge Biasio, presidente da Associação de Veteranos do Rio de Janeiro.

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