Judô Inclusivo é destaque na 17ª Copa Rio
Palestra “Os Avanços do Judô Inclusivo no Brasil” abre o evento nesta sexta, enquanto as atividades competitivas e lúdicas ocorrem no sábado
* por Diano Massarani
Enquanto Wilians Araújo, Brenda Freitas e Sergio Junior estão em Paris representando o Judô Rio nos Jogos Paralímpicos 2024, mais uma demonstração de que um dos pilares de FJERJ é a defesa do Judô para todos terá lugar em um outro Parque Olímpico. O Parque Olímpico de Deodoro, onde a Arena da Juventude recebe, no dia 7 de setembro, a programação de atividades de caráter competitivo e lúdico do Judô Inclusivo na 17ª Copa Rio. As atividades são abertas a judocas com deficiência intelectual, visual, auditiva e física, entre outras, de todos os Estados do Brasil e contam com 71 inscritos previamente. Vice-presidente da FJERJ e árbitro com participação nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020, Jeferson Vieira reforçou a missão da Federação de valorizar o Judô como promotor de inclusão:
“Quando falamos que o Judô tem como essência a capacidade de incluir, é porque ele foi criado para ser praticado por todos, independente das adaptações necessárias, sendo um caminho para educação, saúde, conhecimento e competição. A Copa Rio, ao reunir, em um mesmo ambiente, centenas e centenas de judocas com as mais diferentes idades, nuances e objetivos, mostra com todos os contornos o quanto a Federação atua para promover a inclusão através do Judô”.
Vice-Presidente da Associação Brasileira de Judô Inclusivo (ABJI), entidade parceira da FJERJ na organização das atividades da Copa Rio, Felipe Vasconcelos exaltou a programação do evento:
“É de suma importância ter o Judô Inclusivo inserido na programação da Copa Rio, um evento já consagrado no Brasil, com uma grande estrutura e a participação de renomados judocas de diversos clubes do país. Ter a presença de judocas com deficiência neste evento traz para a gente a inclusão na prática. Isso, a equidade de oportunidades, é o que mais buscamos hoje em dia, para que nossos judocas possam se sentir cada vez mais ativos. Os benefícios são enormes não só para os praticantes, mas também para suas famílias, que vivem momentos mágicos desde que saem dos seus lares para acompanhar o evento. Hoje, posso dizer que a Copa Rio é uma referência para o Judô Inclusivo, um espelho para que outros Estados possam realizar ações semelhantes. Assim como a atual gestão da Federação, que é uma referência de gestão que abraça a inclusão e se compromete em trazer oportunidades e desenvolver o Judô em todas as suas áreas”.
Concluindo, Felipe Vasconcelos destacou a realização da palestra “Os Avanços do Judô Inclusivo no Brasil”, que ocorre no dia inaugural da Copa Rio, 6 de setembro, no Hotel Marriot, Barra da Tijuca, às 18h.
“As palestras promovidas pela Copa Rio ao longo dos últimos anos trazem resultados muito positivos na formação e expansão do conhecimento, e na troca de experiências entre profissionais, árbitros, gestores, atletas, treinadores. Isso é muito importante, pois sem conhecimento não é possível fazer com que os atletas se sintam cada vez mais motivados e mostrar na prática que o Judô é realmente para todos”.
Além do próprio Felipe Vasconcelos, Breno Viola, Eduardo Nascimento e Laedson Godoy participarão da palestra “Os Avanços do Judô Inclusivo no Brasil”.
No clima dos Jogos Paralímpicos, Hunter Filmes libera acesso a documentário sobre o multicampeão Antônio Tenório
Durante o mês de setembro, a Hunter Filmes disponibilizará de forma gratuita o acesso ao documentário “Tenório e os Sonhos de Judô”, protagonizado por Antônio Tenório, dono de 6 medalhas paralímpicas, e com a participação de atletas da seleção brasileira. O filme completo pode ser acessado através do link https://linktr.ee/hunterfilmes, com versão com acessibilidade também disponível. O produtor Eduardo Hunter comentou sobre a criação do documentário e a sua vivência com o Judô paralímpico:
“Conheci Antônio Tenório em 2008 para filmar o primeiro documentário sobre ele, “B1 – Tenório em Pequim”, atualmente disponível no Globoplay. Naquele momento, o Tenório já era tricampeão paralímpico e caminhava para o seu quarto ouro em Pequim, sendo então treinado pelo Jucinei Costa. O filme revela os bastidores do quarto ouro e tem algumas cenas memoráveis entre Tenório e Jucinei. O projeto trouxe uma amizade entre nós e, 10 anos depois, em 2018, decidi acompanhar Tenório e a Seleção Paralímpica Brasileira ao Japão, para mais um documentário. Graças a minha experiência com o esporte paralímpico pude negociar na Federação Japonesa de Judô acesso raro aos treinos da secreta Seleção Japonesa Paralímpica. A partir daí, pudemos testemunhar esse encontro emocionante, divertido, desafiador, entre Seleções”.
Sinopse do documentário “Tenório e os Sonhos de Judô”: Antônio Tenório, seis vezes medalhista, cego, e a Seleção Paralímpica Brasileira são convidados para um raro treino no Japão. Como deficientes visuais em um país desconhecido, seus desafios são muitos. Nessa viagem acompanhamos como, na relação com os anfitriões, surgem estranhamentos, dificuldades de convívio, e até duelos; ao mesmo tempo que descobertas e alegrias os unem. Liderados pelo carisma e a sensibilidade do ainda campeão Tenório, a nova geração do Judô se revela e se inspira.