Copa Rio se torna internacional também na arbitragem
Argentino Carlos Andres Schulz, árbitro FIJ B, atuou na competição a convite do professor Edison Minakawa, engradeceu a competição e leva muita experiência para sua terra natal
A Copa Rio Internacional de Judô 2018 tem uma novidade também no comando dos combates. Fazendo jus ao nome, a tradicional competição que chegou à sua 14ª edição neste ano se internacionalizou também na arbitragem. O argentino Carlos Andres Schulz, árbitro FIJ B, atuou na competição a convite do professor Edison Minakawa, gestor de arbitragem da Confederação Brasileira de Judô e da Confederação Sul-Americana, e teve a oportunidade de durante três dias atuar do Sub 13 ao Veteranos, passando pelo Judô Para Todos, uma experiência diferente, que ele diz que ajudou muito no seu crescimento pessoal e profissional.
“Para mim é uma honra e um orgulho poder vir a um evento tão grande como este, que nos dá a possibilidade não só de trabalhar com judô convencional, mas também com as pessoas com deficiência, o Judô Para Todos. É uma experiência muito linda estar aqui. As pessoas são muito amáveis, estão todo o tempo vendo o que você precisa e como se sente. Particularmente, eu como árbitro internacional, representando a Argentina, me sinto muito feliz de que me deem a possibilidade de estar aqui. O judô brasileiro tem um nível muito alto e para mim, como árbitro, é muito importante para o crescimento pessoal e profissional estar neste tipo de competição”, disse Carlos Andres, de 36 anos. “Pude ter uma conversa com o mestre Edison Minakawa e pedi o aval do meu professor e diretor Ovidio Garnero para poder vir atuar aqui. Graças a Deus pude estar aqui. Sempre pelas mãos do mestre Minakawa que é quem, atualmente, orienta de uma maneira muito profissional todos os árbitros da América do Sul”.
Foram quase 900 atletas atuando nos três dias da Copa Rio Internacional, realizada numa arena olímpica, a Arena da Juventude, dentro do Complexo Olímpico de Deodoro. Neste domingo, 09, a competição chega a final e Carlos Andres volta para a sua família na Argentina com a bagagem lotada.
“Eu levo daqui muitos amigos novos, levo uma família ainda maior no judô, e, sobretudo, levo muito conhecimento. Tive a oportunidade de arbitrar em uma competição de deficientes visuais de alto nível e aprendi muito com isso. Atuei em diferentes classes de idade e isso me dá a oportunidade de colocar em prática o que venho aprendendo. Levo não só as amizades, mas também os aprendizados que tive aqui”, comentou Schulz. “Quero agradecer muito ao mestre Paulo Vicente que foi quem me ajudou no transporte, desde o aeroporto, na hospedagem e todos os dias, junto com sua família, me fez sentir como se estivesse com minha família, na minha casa. Queria agradecer todo o carinho dele e, também, dos outros professores que me acolheram muito bem aqui na Copa Rio”, completou.
Para o professor Gilmar Dias, é muito importante proporcionar esse intercâmbio para a evolução do judô no continente.
“É um prazer e uma satisfação ter um árbitro de uma escola tradicional na América do Sul, como é a Argentina, atuando conosco aqui porque esse intercâmbio abre muitas portas para nós, tanto para os atletas quanto para os árbitros que queiram atuar lá. É uma via de mão de dupla onde os dois segmentos ganham, principalmente o judô brasileiro. O nosso judô é reconhecido internacionalmente como uma potência mundial, mas não podemos esquecer os países co-irmãos que também tem um judô de bom nível. Por isso, queremos agradecer à CBJ, na pessoa do professor Edson Minakawa, que fez o convite para ele e permitiu que tivéssemos essa presença para engrandecer nosso evento. Foi muito bom ter o Schulz aqui conosco para justificar o nome de Copa Rio Internacional não só dentre os atletas, mas na arbitragem também”, disse o coordenador de arbitragem do Judô Rio.