Árbitro brasileiro de Judô comenta participação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e diz: ‘Imensurável’

Por Yago Rédua

No último dia 5, chegaram ao fim os Jogos Paralímpicos de Tóquio, que tiveram mais um desempenho histórico do Brasil no quadro de medalhas. Um brasileiro que esteve presente na função de árbitro foi Jeferson Vieira – que também é o vice-presidente da FJERJ (Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro).
O árbitro comentou a experiência de ter participado de mais uma edição da Paralimpíada – tendo em vista que ele fez parte do quadro de arbitragem da Federação Internacional de Judô (IJF) na edição do Rio de Janeiro, em 2016. Jeferson também destacou o sentimento de emoção pelo fato do Japão ser berço do Judô.
“A experiência é sempre única, apesar de eu já ter participado das Paralimpíadas na Rio 2016 e dos Jogos Olímpicos no comitê organizador, uma Paralimpíada é sempre uma Paralimpíada, ainda mais no berço do Judô. Isso é imensurável. Quando eu subi no tatame para fazer a primeira luta, sabendo que estava no país do Judô, na (Arena) Budokan, onde aconteceram os Jogos Olímpicos de 1964, não tem como medir isso”.
Aos 55 anos, Jeferson tem longa experiência em grandes eventos de Judô. O árbitro e dirigente destacou que para um profissional da arbitragem trabalhar em nível de estrutura mundial, como das Paralimpíadas, por exemplo, é preciso estar atualizado de todas as novidades que cercam a modalidade, além de ter domínio do inglês, espanhol e francês. Por fim, ele ainda falou um pouco sobre a organização da edição em Tóquio.
“É uma estrutura profissional (Jogos Paralímpicos). A Federação Internacional de Judô trata todos muito bem e com profissionalismo, não tem mais espaço para amadorismo. A FIJ é administrada como uma empresa, todos recebem por seus serviços, uma remuneração boa e com tudo pago. Você sai da sua casa, sem nenhuma despesa e ao fim de cada evento, o valor está depositado. É uma estrutura maravilhosa”, concluiu.

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